26 de dezembro de 2010

Descrição de um dia "quase" triste

O dia passa e a lua entra em cena
O sol se põe e as estrelas enfeitam o céu.

O dia amanheceu..o relógio despertou..e o meu sono nesse momento cessará.
Me levantei..encaixotei o local onde o meu corpo havia tentado repousar,por que não consegui sequer pregar os olhos meus que tinham visto,ouvidos e sentidos coisas que nem eu sei explicar.Fui dormir bravo..por não saber o por que havia ficado daquele jeito,por que uma alergia que não me deixava em paz. Uma noite pertubadora,uma noite para ser esquecida,uma noite que quase meu levou a loucura.  Coloquei minhas vestes e fui encarar o sol de frente,um sol que queimava a minha face,excepto os meus olhos que estavam enganadamente protegidos por duas lentes escuras. Muitos carros passaram sobre mim,ônibus,motos,pessoas.
Tristes pessoas,pessoas que tinham um semblante mal..não satisfeito com a vida que tinha,por muitas vezes merecida até,mas isso não vem ao caso,por que eu estive desse jeito nesse dia. Cheguei ao portão dê minha empresa,abri a caixa que continha alguns números,digitei a sequência **** e aquele barulho chato se repetia de novo. Me coloquei para o lado de dentro,juntamente com a minha bicicleta,montei nela "que por muito pouco não a atirei de cima do pontilhão para ver se o trem a pegava"e andei alguns metros,virei para esquerda..e a coloquei encostada na parede de cor salmão.
Me virei e lá estava outra caixa,igual a primeira..digitei novamente **** e aquele barulho chato se fez presente outra vez. Me coloquei para o lado de dentro outra vez,tentei deixar o que havia acontecido para o lado de fora,mas eles eram uns chatos persistentes que não se retiraram,enfim,tive de atura-los o dia todo.
Cumprimentei um amigo que estava em minha frente,e depois subi as escadas. Encontrei outra sala,a sala onde passo metade do meu dia. Lá estavam os amigos,companheiros de trabalhos. Fui educado.
Cumprimentei sem blá blá blá  por que não estava com "saco" para isso. Sentei em minha mesa e comecei a fazer o meu trabalho,é chato,muito chato,mais quando ele raramente se acaba,eu sinto falta.
Os companheiros me perguntavam toda hora por que estava desse jeito,e eu dissera mais uma vez que não havia acontecido nada,que estava normal,mesmo sabendo que não estava. Sei que o meu estado estava confundindo a cabeça deles,por não saberem o que estava acontecendo,por tentar achar uma explicação,por que esse foi o dia em que eu menos falei. Realmente só disse o necessário,ou parte dele,não lembro quais palavras usei,ainda bem,por que nesse dia confesso que eu não estava nada bem,eu não estava me reconhecendo. O pessoal tentava me alegrar em vão..me zuando..eu não dizia nada,apenas olhei para cada um deles..e deixei que o meu silêncio falasse por minha boca,por que se fosse ao contrário... Muitos deles tentavam compreender o que estava acontecendo,achar alguma forma de me ajudar.
No final do meu expediente..cumprimentei cada um deles..desejei feliz natal por que eu não os veria no mesmo,pra alguns me desculpei de algo que tinha feito..me perguntaram desculpas do que? Me virei enxuguei as lágrimas e coloquei novamente aquelas lentes escuras que ajudavam a esconder meus tristes olhos maus.Fui na caixa que fazia aquele barulho chato outra vez digitei a senha**** e ela se destravou,puxei em minha direção,peguei minha bicicleta..virei para a direita e andei mais alguns metros até o outro portão. Fiz toda a sequência novamente..sai para a rua..andei mais alguns metros e virei para a esquerda..uma subida enorme..que cansou minhas pernas..por mim não fazia diferença..o que eu mais queria era chegar em casa e tentar repousar. Subi as escadas dê meu prédio,abri a porta,naquele momento senti toda aquela sensação que me encanta até hoje de volta,por que meu irmão me disse que uma correspondência havia chego para mim. Fechei a porta,deixei a mochila no chão e peguei-a. Quando vi no verso de onde que era,não contive as lágrimas..abri aquela caixa marrom que continha uma outra caixa,essa sim bem gay..mas sei que é com amor que ela foi comprada,ou sei lá..enfim.. abri aquela caixa vermelha com bolinhas brancas,e vi que nela continha um livro e uma sacola vermelha com um colarinho dourado escuro,dentro dela,havia um perfume..justamente o que eu queria..a nossa sintonia aparece quando menos imagino, senti aquela essência que me fez lembrar nela cada vez mais. Deixei o perfume no meu colo e tomei em minhas mãos o livro.. "O homem duplicado de José Saramago grande autor". Fiquei sem palavras..imediatamente peguei na minha outra mão o celular..disquei o seu número mas só tocava,tocava e tocava,mas tudo bem,eu não conseguiria dizer uma palavras sequer..pois acredite,jamais pensaria que isso aconteceria. Receber O PRESENTE..foi tão especial. Senti o seu abraçar,pois digo isso por que quando eu a beijei a primeira vez eu senti aquelas famosas borboletas na barriga,e dessa vez,não foi diferente.Como o seu celular não estava perto o suficiente para escutar o meu chamado,desliguei e disse em meus pensamentos..obrigado..com lágrimas..por não saber conte-las. Em meus pensamentos dizia obrigado por fazer o meu dia feliz,realmente estava precisando disso.
Foi o primeiro sorriso em muitas horas..foram as primeiras lágrimas de felicidades em muitas horas. Foi você que não deixou o meu dia ser triste em muitas horas. Obrigado..por ser..por me amar..Assim deitei em meu lugar,liguei o ventilador e entrei em sono profundo para sonhar com ela. Assim foi esse dia..24/12/2010
FELIZ NATAL...

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